quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Ninguém é perfeito

Ooi minhas lindaas, hoje lendo uma revista mais velhinha da Capricho, achei um texto que deve ser tirado como uma lição de vida. Gente, amoo de paixão os textos da Liliane Prata. Ela consegue passar aquela lição de forma simples e divertidaa. Por isso trouxe pra vocês. É meio grandinho mas fale super a pena ler.

Ninguém é perfeito

Ok, ok, a gente já sabe disso, mas que tal aplicar essa ideia?

"Quando eu tinha uns 13 anos,fiz uma caixa de recordações.Tem tudo lá:desde diários e fotos até objetos como o boné que o garoto estava usando no meu primeiro beijo.Numa dessas arrumações do guarda-roupa, joguei fora o tal boné (estava com um cheiro horrível!), mas nas fotos e nos diários, ás vezes dou uma olhadinha. Bom, sem mais enrolação: na última vez em que vi as fotos, encontrei uma com um corretivo no meu cabelo. Corretivo para caneta, sabe? Eu tinha odiado o meu cabelo, amado meu rosto e ficou essa esquizofrenia com cabelo branco (um photoshop manual, olha que visionária,eu! Ok, menos). Tudo porque, quando tirei aquela foto, meu namorado da época viu e disse: nossa, seu cabelo ficou horrível. Foi por isso que tomei a medida drástica do corretivo. Olhando a foto, me lembrei da vergonha que senti quando o menino que eu amava com toda a minha alma (ok,de novo: menos) me criticou. Me senti tão, tão constrangida. É engraçado. Todo mundo ama dizer que ninguém é perfeito (se você não ama, desculpa. Mas é uma frase famosa, vai!). É super útil aparecer com essa quando nos deparamos com uma imperfeição nossa ou queremos justificar a imperfeição do outro. Beleza. Mas, se ninguém é perfeito, por que ficar TÃO constrangida quando alguma imperfeição nossa vem á tona ?
Quando eu era aquela menina que guardava as coisas na caixa, ficava constrangida por qualquer bobagem. Se meu cabelo estava feio, se minha mãe comentava algo relativo á minha menstruação (na verdade, qualquer coisa relativa ao meu organismo), se eu tinha pronunciado errado uma palavra, soltado um pum em público sem querer etc. Tudo era motivo para ficar com vergonha e fazer aquela cara de "Ih!".
Fui crescendo e percebendo que eu não tinha, digamos, interiorizado a frase "ninguém é perfeito". Se é tão normal ter imperfeições, por que fazer drama quando elas aparecem em público? Não que eu vá fazer o que me der na telha e que se danem as regras, mas, se já errei, mesmo....
Claro, você pode preferir fazer a linha do não-erro-nunca e fingir que não foi com você quando, por exemplo, tiver falando alguma besteira. Pode culpar outra pessoa, pode sair correndo. Mas eu acho tão bonito assumir nossos erros/nossas bobagens/nosso lado B, sabe. Mais do que bonito: acho isso libertador.
Por que fechar a cara se seu namorado critica seu cabelo, se ele não está nos melhores dias mesmo? Por que ficar péssima se alguém nos corrigiu, sendo que, de fato, falamos algo errado? Por que nos constranger se alguém lembra alguma bobagem que falamos no passado, sendo que falamos aquilo mesmo, apesar de já termos mudado de ideia? Afinal de contas, para que se consolar com a frase " ninguém é perfeito" se a gente quase morre quando faz alguma imperfeição? Eu, hein !
Não sou profeta de auto ajuda e, aliás, acho que você é muito melhor para se ajudar do que eu (sem querer pagar de professora de português, o prefixo não é "auto"?). Só acho que a vida fica muito mais fácil quando a gente se assume, e isso engloba tanto as características legais como as características patéticas- é,patéticas. Menos soltar pum, vai. Soltar pum em público não dá !!"

Liliane Prata

Gostaram? Se quiserem ler mais textos da Liliane é só ir no blog dela aqui ou ir até a ultima página da revista Capricho. hihi
É isso lindezas, beijo, beijo..

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